segunda-feira, 4 de outubro de 2010

MEMORIAL DESCRITIVO: Projeto de Extensão Universitária - UnB - "TV vai à Rua"

O Projeto de Extensão “TV vai à Rua”, teve início no polo de Itapetininga a partir do momento em que nossa tutora presencial Gabriela Jancowski nos informou a respeito, semanas antes. Desde então, os alunos começaram a planejar como se daria tal evento, programado para o dia 2 de outubro de 2010. Foram muitas as idéias e muitos os contratempos também. A princípio, tínhamos a facilidade de realizar o evento no polo, contando com todo o equipamento necessário e com a disponibilidade dos rapazes que lá trabalham para nos ajudar. Porém nosso pólo fica situado num local afastado, de difícil acesso às pessoas que não possuem veículo próprio. Pensamos em realizar o evento em alguma praça movimentada da cidade, visando abranger como público os transeuntes; entretanto, tínhamos pouco tempo para conseguir o material e o aparato tecnológico que precisaríamos para realizar um evento fora do polo.
Por fim, sempre com ajuda, sugestões e orientações da tutora Gabriela, optamos por trabalhar no polo mesmo, já que não teríamos condições suficientes (principalmente pelo pouco tempo) para realizar um evento de qualidade fora dele. Sobre o problema da falta de público, nos organizamos de modo a divulgar o máximo possível (através de e-mails, cartazes, convites verbais, enfim, tanto quanto conseguíssemos). Também nos comprometemos a levar conosco, no dia, algumas pessoas, visto que a grande maioria dos alunos da nossa turma vai ao pólo de carro. Dessa forma, seria viável levar algumas pessoas conosco, já que talvez, se não fosse assim, tais pessoas não poderiam prestigiar a exposição, devido à localização do pólo. Também seriam convidada as pessoas que estivessem frequentando o pólo no dia do evento (alunos, visitantes, funcionários, etc.)
Depois de muito conversar, optamos por determinar quatro ambientes, que seriam: Arte Postal, exposição das fotonovelas, exibição das imagens televisivas modificadas pelos alunos, culminando na exibição das Vídeo Artes produzidas por nós. A partir daí fomos nos organizando e dividindo as tarefas por grupos. Cada grupo ficou responsável pela organização de sua parte, embora todas as decisões, de todos os grupos, tenham sido sempre tomadas em conjunto, de modo que decidimos expor as fotonovelas impressas, as imagens televisivas em monitores espalhados pelo chão, a Arte Postal na forma de uma oficina e as Vídeo Artes, projetadas em telão.
Eu fiquei na Oficina de Arte Postal, junto com as colegas: Renata, Sílvia, Jocelene, Ângela, Gabrielle, Nathália e Danielle. A tutora Gabriela pediu que fizéssemos um plano de aula e assim foi feito. Mostrei a ela no encontro seguinte e pedi que desse sua opinião; ela nos disse que o plano estava ótimo e sugeriu que, além do que estava descrito ali, acrescentássemos referências e expuséssemos fotos de artistas de, além das nossas produções de Arte Postal e das que recebemos, o que foi acrescentado no plano.
Então começamos a nos organizar no sentido de dividir as tarefas dentro do grupos. No caso da Oficina de Arte Postal, combinamos os materiais que cada uma de nós iríamos levar: cola, pinceis, papeis, tinta, lápis, giz de cera, envelopes, etc. A Gabrielle se dispôs a levar algumas caixas de correio, para compor o cenário. Eu me dispus a imprimir algumas fotos de caixas de correio, para compor os painéis onde ficariam expostos os nossos trabalhos e os trabalhos do artistas de Arte postal. A Jocelene ficou responsável por confeccionar um envelope gigante, também para o painel. E, dessa forma, cada uma ficou incumbida de algo.
Durante a semana nos comunicamos por e-mails, MSN e pelo fórum da disciplina. A tutora Elisandra sugeriu que cada grupo fizesse um texto explicativo sobre cada ambiente, para que os visitantes pudessem ler e se inteirar do que a exposição estava tratando. A colega Renata se prontificou a redigir esse texto e levá-lo impresso para ficar afixado num dos paineis. Algumas idéias de última hora ainda surgiram, como fazer um crachá para nos identificar. Lancei no fórum a idéia e a pus em prática.
Também participei inicialmente da montagem da exibição das imagens televisivas, selecionando as imagens, editando o que era necessário e passando para a Cristiane concluir esse trabalho, já que ficaria extremamente envolvida na Oficina de Arte Postal e não teria como cuidar de ambas as tarefas. A Cristiane se prontificou a “abraçar” e concluir o trabalho dessas exibições.
Durante as duas semanas que antecederam o evento, nos comunicamos frequentemente e, um dia antes da exposição, nosso grupo se reuniu no polo para organizar os paineis. Foram dispostos três paineis com diversas imagens referentes à Arte Postal.
Na manhã seguinte, dia dois de outubro de 2010, estava no pólo por volta das 9h da manhã, para organizar os últimos detalhes do evento que estava marcado para as 10h.
Foi uma manhã muito proveitosa e gratificante, mesmo com as falhas existentes, afinal, foi nosso primeiro evento desse porte e inúmeras coisas poderiam ter sido melhores, mas foi muito significativo e válido para experimentarmos a responsabilidade e as dificuldades de se organizar uma exposição. Houve extremo envolvimento de todos os alunos, porém gostaríamos que lá estivesse presente um número maior de visitantes. Entretanto, a exposição contou, sim com um significativo número de convidados que puderam conhecer um pouco dos trabalhos que realizamos no decorrer da disciplina. A Oficina de Arte Postal foi produtiva, além de podermos falar um pouco sobre essa manifestação aos visitantes.
O evento durou cerca de três horas. Ao final, organizamos o local e fizemos uma roda de discussão e avaliação do evento, com o parecer dos alunos e da tutora Gabriela. Foi uma experiência riquíssima que nos possibilitou ter uma noção do quanto um evento ao público requer organização, tempo, participação e disponibilidade dos envolvidos, desde o planejamento até a execução.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vídeo Arte!




Para a criação do vídeo, nosso grupo chegou à conclusão que seria interessante trabalhar com imagens e estampas de roupas, com o intuito de evidenciar as diversas sensações, através das diferentes cores. Queríamos mostrar as mudanças de humor, comportamento, opiniões, etc que permeiam a vida e a experiência humana.
Para embasar nosso trabalho utilizamo-nos também dos experimentos videográficos (assista-os clicando no item correspondente, na lateral direita da página) que conseguimos realizar, o que facilitou as possibilidades de utilização da mudança de ponto de vista, e edições de vídeos. Em especial o experimento de número 3 (filmando microuniversos) inspirou nosso trabalho.
Foram necessárias várias tentativas e orientações da tutora, até que pudéssemos chegar no trabalho final. Selecionamos as roupas que fariam parte da produção, espalhamos pelo chão de um modo que traduzisse nossas ideias. Logo, começamos a filmagem: primeiro bem próximo e lentamente, como se passeando a câmera sobre as peças, e depois mostramos dois pés caminhando sobre as roupas, demonstrando a relação entre as sensações e os caminhos da vida.
Nesta produção optamos por não inserir nenhum tipo de áudio, para que a produção não perdesse seu sentido e objetivo. Deixamos apenas o som capturado naturalmente durante as filmagens.
A atividade foi trabalhosa, exigiu bastante reflexão e dinamismo dos envolvidos, até que obtivéssemos um resultado satisfatório. (F. R. Torres)


Blogs das autoras:

• Renata: http://www.ilovetecnology.blogspot.com/
• Fabiana: http://ciberfabi.blogspot.com/
• Monique: http://moniqueartesvisuais.blogspot.com/

sábado, 18 de setembro de 2010

ARTE POSTAL - autoria: F. R. Torres



Memorial Descritivo da Atividade de ARTE POSTAL

(Imagens que recebi da tutora Elisandra)

Assim que recebi em minha casa a imagem de Arte Postal, da tutora Elisandra, fiquei surpresa, curiosa e animada, por dois motivos: primeiro porque há muito tempo não recebia correspondências, a não ser extratos e boletos bancários; e segundo porque eu sabia que se tratava do início de alguma atividade. Entretanto, guardei a imagem no envelope, dentro do meu fichário da faculdade. Dias depois enviei uma mensagem pela plataforma à tutora, contando que eu havia recebido sua postagem. A tutora Elisandra perguntou o que eu faria com o conteúdo recebido. Não pensei em nenhum momento em arte postal, mesmo porque nunca havia ouvido falar a respeito. Num primeiro momento pensei que éramos para fazer algo relacionado com o que a imagem mostrava (no caso da imagem que recebi: mão amassando o papel e depois jogando-o).

Entretanto, só depois, em semana posterior fui entender o real significado da imagem e seu contexto, que se refere à Arte Postal. Então, ciente do objetivo da Arte Postal e frente a atividade que se propunha, comecei a criar imagens e enviar a meus colegas, inclusive para as tutoras Elisandra (à distância) e Gabriela (presencial) e para duas colegas do Acre. Usei basicamente o programa GIMP, para criar as obras que enviaria, impressas, pelo correio. Também realizei interferências em fotografias.
Por último, ousei numa criação que propôs várias interferências aos colegas, e enviei primeiramente para a Renata. Também recebi pelo correio algumas correspondências contendo Arte Postal de meus colegas. Foi muito divertida e prazerosa toda a realização destas atividades, além de proporcionar o conhecimento a respeito do que seja a Arte Postal, e de quais as suas manifestações e representantes. A turma ArV9, inclusive, está pensando em realizar, como uma das atividades, uma oficina de Arte Postal no Projeto de Extensão “TV vai à rua”.
F. R. Torres

domingo, 5 de setembro de 2010

Resenha Crítica do filme: "O Show de Truman"




O filme “O Show de Truman”, 1998, dirigido por Peter Weir, narra a história de um homem cuja vida fez parte de um reality show, desde que nascera. Sem que ele soubesse, o produtor de TV acompanha, filma e transmite diariamente em sua emissora os detalhes da vida de Truman (interpretado por Jim Carrey) . Sendo assim, as situações por ele vividas não passam de ficção, truques e cenários; e as pessoas com as quais ele convive não passam de atores e atrizes. Ou seja, sua vida acontece como uma farsa, sem que ele próprio, o personagem principal, tome conhecimento ou desconfie de algo. Daí o nome “Show de Truman”, que é o nome do programa de reality show, que aparece no filme. Tudo é artificial na vida de Truman, inclusive os fenômenos naturais. Tudo é controlado e dirigido pelos produtores do programa, para que a “atração” seja sempre estimulante aos olhos do público. Um exemplo disso é quando, já no final do filme, Truman está no mar, em meio a uma tempestade e o diretor pede a seus assistentes que aumentem o vento e a chuva, para que o programa fique mais interessante, mostrando aí a recorrente manipulação da mídia em função de vários interesses, como maiores índices de audiência, por exemplo.
O filme também mostra cenas dos telespectadores, que ficam “vidrados” enquanto o programa é transmitido. As pessoas param para assistir a vida de Truman, uma vida comum, mas transformada em show pela mídia, fazendo com que o público se interesse cada vez mais em saber o que acontecerá na vida do personagem principal, a cada dia que o reality é transmitido.
Em determinado momento, Truman descobre a farsa de sua vida e passa a ter o direito de decidir se quer ou não continuar com toda aquela farsa. Nesse momento o produtor do programa utiliza-se da emoção para tentar convencer Truman (e também, nós, os telespectadores do filme) dizendo que ele deveria permanecer no mundo que fora criado só para ele, pois o mundo real teria também dificuldades, mas seriam muito maiores.
Pode-se fazer traçar uma relação entre a história contada neste filme e os reality shows transmitidos atualmente por emissoras de TV, onde a vida alheia, comum a qualquer pessoa, passa a ser alvo dos olhares, interesses, críticas, elogios e opiniões de milhares de telespectadores, com a diferença de que, na maioria desses realitys, os participantes sabem que estão sendo observados. Além disso, pode-se fazer uma reflexão sobre até que ponto o que acontece dentro desses programas é real ou manipulado para atrair a atenção do público, gerando audiência e, consequentemente, propagandas, consumo e lucro.


REFERÊNCIAS:
http://www.adorocinema.com/filmes/show-de-truman/ . Acesso em agosto de 2010.

sábado, 4 de setembro de 2010

Resenha Crítica do programa "Pânico na TV"


O programa “Pânico na TV”, destinado ao público jovem e adulto, é exibido às sextas-feiras por volta das 22h (com reprise aos domingos) pela RedeTV!. O programa tenta fazer humor através de temas como: a valorização excessiva da beleza, contra a depreciação das pessoas que não se enquadram nesse padrão; a apresentação de cenas que envolvem humilhações constantes, inclusive dos próprios apresentadores, que, muitas vezes, são obrigados a passar por situações constrangedoras, como por exemplo: ter que comer olhos de animais, se submeter a levar lambidas de cachorro nos pés, montar em animais como avestruzes, etc.
Também há imitações de pessoas famosas e aí se encontra um dos quadros mais leves do programa. Fazem parte também deste grupo de atrações mais leves, as “traduções” de músicas em inglês, que nada têm a ver com a real tradução, e o quadro onde dois fantoches apresentam vídeos da internet, embora este último não seja, de fato, muito engraçado, nem interessante.
Há o quadro onde geralmente dois apresentadores entrevistam pessoas famosas nas entradas de eventos, sempre com um ar debochado e sarcástico. Por vezes, aparecem na tela “legendas” comparando os entrevistados com outras pessoas, personagens ou objetos. Esse quadro aparece mais de uma vez durante o programa, variando os “entrevistadores”. Algumas dessas pessoas se recusam a falar para o programa Pânico na TV, e, alguns casos, já foram, inclusive, motivo de processos judiciais, envolvendo as piadas de mal gosto feitas por esses humoristas. Uma variação desse quadro acontece em praias, onde sempre é extremamente valorizada a beleza e as pessoas que não se enquadram neste padrão são visivelmente discriminadas e alvos fáceis de piadas neste sentido. Os apresentadores são chatos, insistentes, fazem perguntas indiscretas e importunam as pessoas, embora muitas delas aceitem participar da “brincadeira”. Durante esse quadro, feito em praias, geralmente são mostradas mulheres fazendo topless.

Durante o programa, nos intervalos entre um quadro e outro, aparece no palco o apresentador Emílio Surita, que faz propagandas de camisetas com frases e o símbolo do programa e as “panicats”, mulheres vestindo pouca roupa, além da “mulher samambaia”, vestindo biquíni que imita a planta. Em todas essas cenas onde aparecem essas mulheres, o foco da câmera são as nádegas, numa clara apelação sexual. Também são comuns quadros em que as “panicats” aparecem nuas (não no palco), com a tarja preta cobrindo suas partes íntimas.

A questão sexual é altamente valorizada. Há muitas “brincadeiras” que demonstram isso: frases de duplo sentido, simulações de sexo, etc. Um dos apresentadores se diz gay e isso também se torna mais uma “atração”, da qual o programa se utiliza. A questão dos gays é retratada geralmente de maneira descontraída, sempre com piadas e frases de sentido duplo. Outro quadro que chama a atenção é o “Twiter da Vovó”, onde uma senhora responde a algumas perguntas, com vocabulário chulo.
Valores como honestidade, bondade, respeito e ética não aparecem. O programa investe num tipo de humor apelativo e pouco inteligente. Acredito que esse programa tenha impacto grandioso, especialmente, na mente dos jovens que o assistem, influenciando-os a valorizar de maneira excessiva a beleza (fazendo de tudo para alcançá-la), e, principalmente, a humilhar e depreciar as pessoas, fazer pouco caso delas, contribuindo para a formação de uma sociedade ainda mais individualista e insensível.


Imagens: Banco de Imagens Google:
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=imghp&biw=1020&bih=583&q=P%C3%A2nico+na+TV&gbv=2&aq=f&aqi=g10&aql=&oq=&gs_rfai=

Acesso em agosto de 2010.

FotoNovela! Parte 1




Parte 2


Final


Ficha Técnica


Memorial Descritivo da produção da FotoNovela

O trabalho com fotonovela se iniciou no pólo de EaD, no dia 28 de agosto, sábado. A tutora Gabriela orientou os alunos a respeito do trabalho e a divisão dos grupos aconteceu de maneira espontânea. Nosso grupo foi composto pelas alunas: Aline, Fabiana, Renata, Terezinha e Monique. A ideia central do enredo surgiu de conversa entre o grupo, onde, depois de algumas reflexões, decidimos que faríamos a fotonovela sobre nossa trajetória na UnB, de maneira resumida. Posteriormente, escolhemos o título: “O Caminho do Saber”, sugestão da colega Renata.
Nosso grupo já havia feito pesquisas na internet sobre fotonovelas e, de posse desse conhecimento, não foi difícil a montagem. Começamos procurando sempre ouvir as ideias e opiniões de todas as participantes do grupo. Houve grande interação, respeito e participação. Depois de feito o roteiro, partimos para as fotos, tiradas no pólo e algumas retiradas de arquivos de atividades realizadas durante o curso. Tiramos várias fotografias e depois selecionamos as que melhor se adequavam ao enredo da fotonovela.
Durante a semana houve comunicação entre as componentes do nosso grupo, através de e-mails, MSN e também marcamos um dia (2 de setembro, quinta-feira) para ir ao pólo e concluir o trabalho. Depois desse dia, algumas modificações ainda foram feitas. A cada modificação, o trabalho era enviado para todas por e-mail, para que todas vissem e dessem seu parecer. No sábado, dia 4 de setembro, foi escrito este memorial.

domingo, 22 de agosto de 2010

MEMORIAL DESCRITIVO: Recriando Imagens Televisivas: Novela “Passione”, personagem Clara


Como o tema de minha resenha crítica sobre análise de novela foi “Passione”, da Rede Globo, escolhi estas imagens para fazer as interferências. Meu objetivo foi mostrar rapidamente a índole da personagem Clara, que demonstra ser uma pessoa boa, cheia de virtudes, quando na verdade isso é apenas um artifício que usa para conseguir o que quer: status, poder e dinheiro. Na verdade Clara é dissimulada e usa de sua beleza para seduzir e conquistar os homens que lhe trarão algum benefício, principalmente financeiro.
Para compor a cena, utilizei-me do programa Paint de desenho e edição de imagens e do banco de imagens do Google. Primeiramente busquei uma imagem da personagem, onde estivesse com uma expressão bondosa. Depois busquei desenhos de asas de anjo (com auréola), e escolhi um que se adequasse à foto de Clara. Juntei as duas. Inseri também o logotipo da emissora e o da novela, para ficar ainda mais claro sobre o que se trata. Por fim, fiz algumas intervenções utilizando ferramentas do próprio Paint: desenhei chifres e olhos vermelhos, simbolizando o mau caráter da personagem que se finge de “boazinha”.

Imagens: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi

Resenha Crítica da novela “Passione”, da Rede Globo



A novela “Passione”, destinada ao público adulto, é exibida de segunda a sábado, pela Rede Globo de Televisão, por volta das 21 horas. Em suma, o enredo conta a história de um brasileiro (Totó, apelido do personagem Antônio Mattolli, interpretado por Tony Ramos), separado de sua mãe quando pequeno, posteriormente adotado e levado por uma família de italianos. Sua mãe biológica, uma empresária, acaba o encontrando, já depois de adulto. Totó é herdeiro de algumas ações da empresa de sua família biológica. Portanto, é o alvo das atenções de muitos outros personagens, que esperam lucrar em virtude disso, como Clara (interpretada por Mariana Ximenes), que casa com Totó, por interesse financeiro. Clara é dissimulada, mentirosa, traidora e capaz de muitas falcatruas para conseguir a herança. Totó é mostrado um homem bom, justo e ingênuo.
Clara se envolve novamente com seu ex amante, Fred (interpretado por Reynaldo Gianecchini). Essa relação demonstra o apelo sexual da novela, o sexo como artifício para conseguir o que se quer, pois ambos os personagens querem se beneficiar financeiramente, não se importando um com o outro.

A novela também aborda outros assuntos, interligados de uma ou outra forma com os protagonistas, tais como: ganância, desonestidade, mentiras e traições (inclusive de mãe para filha), drogas, amor romântico, indiferença, esperteza, o trivial combate entre o bem e o mal, entre outros. Esses conceitos são transmitidos, aparentemente, tentando ressaltar o valor do bem sobre o mal. Entretanto, cenas dos personagens tidos como vilões, não seriam adequadas para um público mais jovem, acredito, tamanha poderia ser sua influência sobre ele. Ainda que soubessem que se trata de comportamentos não recomendáveis, poderiam se iludir com as imagens que mostram um mundo onde qualquer coisa é permitida para se conseguir status, dinheiro e poder. Por outro lado, a novela aborda a realidade de tristeza e dificuldades das pessoas e das famílias das pessoas que de deixam levar pelas drogas.
O padrão de beleza é reforçado. Além disso, a maioria dos personagens possui alto padrão de vida, diferente da vida da maioria dos brasileiros que a assistem. Durante os intervalos são veiculadas, principalmente, propagandas de automóveis, supermercados, shoppings e produtos femininos, uma vez que a maioria dos telespectadores são mulheres.

Sem dúvida, “Passione” causa impacto na sociedade brasileira. É uma novela com altos índices de audiência. Seus telespectadores podem se identificar e “torcer” pelos personagens de aparente boa índole, como podem também se deixar levar pela leviandade de outros personagens que pregam a cultura do ter, sem medir esforços para tal, mesmo que tais esforços incluam a exterminação de valores como a ética, o respeito e a prudência, a honestidade.
Acredito que muitas pessoas podem não se deixar influenciar por tais mensagens, pois possuem equilíbrio e senso crítico suficientes. Entretanto, isso pode não ocorrer com outras pessoas, o que nos leva a refletir sobre o impacto que a novela pode ter na vida de muitos brasileiros, acostumados somente a absorver informações, sem a consciência crítica. (F. R. Torres)


Imagens: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi.

Resenha Crítica dos filmes: “O Quarto Poder” e “Muito Além do Cidadão Kane”


“O Quarto Poder”, 1997, filme dirigido por Costa-Gravas, narra a história de um jornalista (interpretado por Dustin Hoffman) que faz o possível para conseguir resgatar o sucesso em suas reportagens. Certo dia, num museu, coincidentemente, encontra o conteúdo para a reportagem que traria, supostamente, o sucesso de seu trabalho de volta: um ex guarda do museu (interpretado por John Travolta), recém demitido, entra no prédio tentando convencer a diretora a lhe devolver seu emprego. Aponta uma arma para ela e para as crianças que visitam o local no momento, faz todos de reféns, porém sem nenhuma experiência com relação à criminalidade, uma vez que seu único objetivo era ter seu emprego de volta para dar assistência à sua família. Logo o repórter se esconde e liga para a redação da TV, informando sobre o acontecido e planejando a cobertura exclusiva. O guarda o encontra e a partir daí começam uma curiosa relação: o repórter induz o guarda a fazer o que lhe parece propício para uma boa cobertura jornalística (incluindo falas, ações e entrevistas), e este último o “obedece”, no intuito de convencer as pessoas de que ele não é uma pessoa ruim, apenas precisa do emprego e, como isso lhe foi negado, chega ao extremo.
O filme aborda as relações entre a sociedade e a mídia televisiva, destacando a manipulação, o sensacionalismo e a exposição humana como fonte de interesses tanto da mídia, como das outras pessoas, que a alimentam. Fatos interessantes se dão quando o ex guarda atira, acidentalmente, em seu colega de trabalho e, depois, dando uma entrevista, diz que o disparo não fora proposital, relatando os motivos que o levaram a agir da maneira que estava agindo. Esse trecho mostra como o conteúdo televisivo é capaz de manipular a mente dos telespectadores: muitos dos que antes o condenavam, após assistir a entrevista passaram a tê-lo como heroi. O “quarto poder” nada mais é do que a TV, que tanto interfere na vida das pessoas. O repórter se envolve com o drama do guarda e percebe que tornou um problema real em um show público, em virtude da fama e do reconhecimento de seu “trabalho”. Ele também acaba experimentando o papel de “vítima” da mídia e da imprensa.
As questões abordadas no filme tecem uma relação com o documentário “Muito Além do Cidadão Kane”, 1993, BBC, que mostra e traz reflexões a respeito do poder da mídia televisiva no Brasil, principalmente da Rede Globo, bem como suas relações e as de seu presidente, Roberto Marinho, com a política. Tal documentário fora censurado no Brasil, um dos motivos se caracteriza pelo fato de expor publicamente questões que comprometem a ética do trabalho jornalístico (dentre outros) de programas veiculados pela emissora. À Rede Globo é atribuído grande status, tal rede é tida até hoje como a melhor pelo público brasileiro. Entretanto, vê-se que tanto ela, como outras redes, se apropriam de um público pouco crítico para alimentar ainda mais a cultura do consumismo: esse é apenas um dos pontos que podem ser citados como influentes sobre as mentes das pessoas. Novelas e muitos outros programas transmitem, de modo subliminar ou não, conteúdos negativos e de veracidade duvidosa. Por isso é importante uma leitura crítica do que se está a assistir, principalmente quando o telespectador é uma criança ou jovem, que ainda está em formação, absorvendo tudo que lhe é transmitido. É preciso buscar outras formas de se assistir TV, como, por exemplo, questionar as informações veiculadas, confrontando-as, procurando pesquisar em outras fontes e não apenas absorvendo-as e tomando-as como verdades absolutas. Também é interessante procurar inovar, não se deixando levar pelo comodismo de assistir à mesma Rede e aos mesmos programas todos os dias, todo tempo. A busca por novidades pode reservar boas, significativas e enriquecedoras surpresas. (F. R. Torres)


Referências Bibliográficas:

Filme: O Quarto Poder. 1997. EUA.

http://midiaseducacao-videos.blogspot.com/2008/01/muito-alm-do-cidado-kane-i.html. Acesso em agosto de 2010.

http://www.interfilmes.com/filme_14283_o.quarto.poder.html. Acesso em agosto de 2010.

http://www.youtube.com/results?search_query=muito+al%C3%A9m+do+cidad%C3%A3o+kane&aq=f. Acesso em agosto de 2010.



Imagens:
cineencontrouneb.blogspot.com
artureduardo.blogspot.com